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Carta aberta à todas as mulheres que cansaram de ser a Mulher-Maravilha



Há algum tempo atrás, li aquela frase “She Can Do It!!” “Ela consegue!”, logo acima de uma foto da mulher-maravilha e pensei: Será que essa Mulher-Maravilha que dá conta de tudo realmente existe?


Porque as mulheres que eu conheço estão sobrecarregadas!!!


Talvez seja por associações assim que nós somos vistas como multitarefas.


Como aquelas que (acham) que conseguem gerenciar 1001 coisas ao mesmo tempo e ainda conciliar a vida pessoal com a carreira, com a maternidade, a vida social e a vida amorosa.


E ainda estar linda no fim do dia e com o cabelo escovado sem nenhum fio solto do lugar.


E assim tocam a vida, querendo “abraçar o mundo”.  Projetos e mais projetos, tomando as dores de todo mundo para se  deixarem em segundo plano para dar prioridade aos outros e a outras coisas. 


E tudo isso acompanhado de autocobrança como se estivesse faltando algo ou desse para fazer melhor…fora as dores no corpo, o estresse e a falta de energia! 


Olha que injustiça com você mesma, hein?!!! 


 E no final do dia, estão tão esgotadas e cansadas que é difícil ter ânimo  e interesse para fazer algo por si mesma.  


E nas sessões de terapia, muitas mulheres se queixam comigo sobre a pressão de “precisarem” dar conta de tudo e de como elas perdem o ânimo e não acham tempo  para cuidarem de si mesmas diante de tantas coisas pra fazer. 


E também de como se sentem desvalorizadas, incompreendidas  e desinteressantes.


Acredito que nesse dia das mulheres, deveríamos olhar para a questão de respeitar os limites do que realmente conseguimos aguentar.


Do quanto conseguimos abraçar e de estabelecer de que não somos (e não podemos ser) a mulher-maravilha 24/7.


O que precisamos fazer é começar a nos cuidar, pedir ajuda, dizer NÃO e priorizar a nós mesmas.


Esse sim é o caminho para fortalecer a nossa autoestima e ver a nós mesmas como uma pessoa que assim como tem responsabilidades e deveres, tem também o direito de não carregar o mundo nas costas e de não se sentir culpada por não dar conta de tudo.


Uma mulher que tem sim direito ao EQUILÍBRIO entre vida profissional, pessoal e autorrespeito aos seus limites.



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